Toda Bruxa tem que ter seu Livro da Sombras...
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Casa da Bruxa
quarta-feira, 10 de julho de 2013
sábado, 6 de julho de 2013
Selkie - A Lenda da Mulher Foca
Conta a lenda, muito antiga, que nos países da Irlanda, Escócia e Finlândia habitam seres mágicos que ora são foca e ora são belas mulheres!
O homem que quiser desposar uma Selkie (mulher foca) precisa encontrar a pele de foca cuja selkie esconde logo que vira mulher...
Do contrário ela sempre voltará para o seu antigo lar - O Mar! Abandonará esposo e filhos...
https://www.youtube.com/watch?v=IMU-RuQe4oU
O homem que quiser desposar uma Selkie (mulher foca) precisa encontrar a pele de foca cuja selkie esconde logo que vira mulher...
Do contrário ela sempre voltará para o seu antigo lar - O Mar! Abandonará esposo e filhos...
Trecho do Filme: "The Secret of Roan Inish"
Filme Completo: Ondine
Este filme mescla a lenda da Selkie e a realidade da vida de uma forma tal que é possível compreendermos o porque dos Irlandeses, Finlandeses e Escoceses viverem até aos dias de hoje em paralelo com suas lendas e vidas reais!
Link:
Aqui posto a música: Sigur Ros - All Alright
All Alright
I want him to know
What I have done
I want him to know
It's bad
I want him to know
What I have done
I want him to know
Right now
Maybe is time tomorrow
Maybe today...
It is not right...
Now it's better...
Now we'll know...
Now he'll know what I am teeling...
I'm sitting with you
Sitting in silence
Let's sing into the years, like one...
Let's sing in tune, together
A psalm for no one...
You sing in tune,
But now it's home...
You sing into night now...
You sing for me...
You sing into night now...
(ýu sul nó tjú ron)
ýu - oooooh ooh ooh ooh
You stay to be alright...
Tudo certo
Eu quero que ele saiba
O que venho fazendo...
Quero que ele saiba,
Mas isso não é bom...
Quero que ele saiba,
O que venho fazendo...
Quero que ele saiba,
Agora mesmo...
Talvez seja melhor amanha,
Quem sabe hoje...
Mas isso não está certo...
Agora está melhor...
Agora nós saberemos...
Agora ele saberá o que estou falando...
Estou sentado com você
Sentado em silêncio
Vamos cantar anos a fio, como um só
Vamos cantar no mesmo tom, juntos
um salmo para ninguém
você canta no mesmo tom
mas agora estamos em casa
você canta noite adentro
você canta para mim
você canta noite adentro
Você canta pela noite...
você...
você fica para tudo ficar bem
segunda-feira, 1 de julho de 2013
Parcas Gregas
As Parcas (Moiras) eram deusas que supervisionavam o destino tanto dos humanos como dos Deuses na mitologia Grega... Foram mencionadas em lendas por poetas, na Ilíada e na Odisseia.
Nona [Clotho] tecia o fio da vida. O nascimento. Tecendo os dias.
Décima [Lacheisis] cuidava da extensão dessa vida e do seu caminho. Era ela quem fiava a sorte. É ela a responsável pelo quinhão de atribuições que se ganha em vida.
Morta [Átropos] cujo nome em grego significa “afastar”, era quem cortava o fio da vida determinando o momento de nossa partida. Era a que não voltava atrás. A deusa Nêmesis era a única que podia Influenciar Átropos para que deixasse a linha rolar por um período maior.

A gravidez humana dura nove luas e não nove meses. Portanto, a Nona (lua), é a Parca que tece o fio da vida no útero materno. No antigo calendário romano, Dezembro era o décimo mês chamado de Decem, uma homenagem à deusa Décima, uma das Senhoras do Destino. A Décima lua, é a do nascimento, o cordão umbilical sendo cortado, o começo de uma vida terrena. Morta, é a Parca que preside a outra extremidade da vida, o próprio fim que pode acontecer a qualquer momento. Conta-se que elas eram cegas.
Eram constantemente acompanhadas pelos Keres (os Cães de Hades), três seres com afiadas presas e vestidos de vermelho. Apesar de temido, esse trio era também invocado em casamentos para uma união feliz.
Estes arquétipos arraigados em nosso subconsciente nos sinalizam a percepção dos mistérios do destino.
Deusa Tríplice Tarot - A Roda da Fortuna
Meditar:
Nos dons que você possui.
As ações do destino que não podemos controlar.
Existem dois momentos em que não podemos influenciar nosso destino... Nascimento e na Morte!
Ritual:
Peque três fios (lã), um vermelho, um preto e um branco, e entrelace-os. Faça uma trança. Se desejar, pode fazê-lo longo o bastante para amarrar ao redor de sua cintura e utilizar o cordão como parte de seus trajes rituais. Enquanto os entrelaça, cante:
"Acima, abaixo, linhas do destino.
Tanto na minha vida como em todas as coisas.
Traçando o padrão, cedo ou tarde,
Verei o resultado que as ações trazem."
Beije a trança quando estiver pronta e amarre-a ao redor de sua cintura, ou pendure-a no pescoço.
Visualize as Parcas gregas ou as Norns nórdicas diante de você.
Erga suas mãos para elas. como a Runa Algiz e Cante:
"Um novo ano surge. As linhas se entrelaçam,
Para finalmente revelar meu destino.
Ó Parcas da Vida, peço sua ajuda
Para clarear meu caminho e me libertar.
Que as velhas coisas feneçam e desapareçam.
Que o novo chegue me trazendo prosperidade.
Ó Parcas da Vida, peço sua ajuda
Para clarear meu caminho e me libertar."
Durma com o cordão trançado sob seu travesseiro e preste atenção a seus sonhos. E esteja pronto para fazer o que for necessário e apropriado para retificar sua vida e tornar seu caminho mais suave.
domingo, 30 de junho de 2013
Fiar e tecer, as artes mágicas femininas - Mirella Faur
Fiar e tecer, as artes mágicas femininas
Mirella Faur
Fiar e tecer são antigas artes mágicas femininas e aparecem nos mitos de várias deusas como expressão dos Seus poderes proféticos, criativos e sustentadores dos ciclos lunares, das estações e da vida humana. Tendo o fuso como símbolo de poder, a Deusa como Fonte Criadora controlava e mantinha a ordem cósmica, os ciclos naturais e a continuidade do mundo. Fiar é um processo cíclico assim como também é a alternância das fases lunares, das estações, da vida e da morte, do início e do fim. Inúmeros mitos descrevem deusas tecendo com fios sutis o céu, o mar, as nuvens, o tempo, os elementos da natureza, os ciclos e os destinos dos seres humanos.
As Senhoras do Destino de várias tradições - conhecidas como as Parcas gregas, as Moiras romanas, as Nornes nórdicas ou as Rodjenice eslavas - tinham como símbolo mágico o fuso, a roda de fiar, os fios e a tessitura. Elas fiavam, mediam e cortavam o fio da vida, entoando canções que prediziam os destinos dos recém nascidos e apareciam como deusas tríplices ou tríades de deusas idosas, envoltas por mantos com capuz ou vestidas de branco, preto ou com idades diferenciadas pelas cores das suas roupas (branco, vermelho, preto).
Nornes
A confecção de roupas de algum tipo de material tecido fazia parte das atividades femininas desde a descoberta paleolítica de preparação de fios, torcendo pequenos filamentos de fibras naturais. Com este método eram preparadas cordas para amarrar, redes, armadilhas, roupas e cobertas. A descoberta do ato de fiar pode ser comparada em importância nas artes domésticas com a introdução da roda nas atividades agrícolas.
A mais antiga tessitura foi encontrada na estatueta neolítica de Lespugue, datada de 20.000 anos a.C. cuja figura feminina chamada de Vênus usa um “avental” de fios torcidos amarrados com uma tira na cintura. Os fios com as extremidades desfiadas indicam a sua origem vegetal ou animal, modelo semelhante à saia de uma jovem, cuja múmia da Idade de Bronze (14000 a.C.) foi encontrada em um tronco de madeira nos pântanos de Dinamarca e que está exposta atualmente no Museu Real de Copenhague.
Seus ossos desapareceram, mas seus cabelos, roupas e objetos de madeira foram preservados pela acidez do solo. A saia era do tipo envelope, com tiras trançadas e presas na cintura e terminando com uma fileira de nós amarrando conchas e pedrinhas, que tilintavam com o balanço dos quadris ao andar. Acredita-se que este tipo de saia - encontrada também em outros túmulos - não era para o uso comum, possivelmente tinha um significado místico e usada em ritos de passagem (menarca, casamento, gravidez). Resquícios deste tipo de avental e enfeites se encontram nos trajes folclóricos dos Bálcãs e nas saias com franjas das camponesas de Macedônia, cujos bordados têm formas de losangos, reconhecidos símbolos de fertilidade.
Cintos decorados e usados com objetivos mágicos são citados na Ilíade (coletânea de poemas de Homero), como no mito de Hera, que pegou emprestado o cinto mágico de Afrodite (cujos bordados enfeitiçados despertavam desejo e amor) para seduzir Zeus. Cintos longos tecidos de lã vermelha e com franjas nas extremidades - chamados zostra - eram heranças preciosas das mulheres européias, que passavam de mãe para filha e eram usados nos partos difíceis, sendo colocados nos ventres das parturientes, assim como era feito com a reprodução do cinto mágico da deusa celta Brigid (chamado brat) que facilitava a concepção e o parto.
Temos, portanto, exemplos de roupas tecidas com fins mágicos de proteção e fertilidade desde tempos muito remotos, usadas pelas próprias deusas e que podiam ser “emprestadas” em ocasiões especiais. Na Grécia as deusas teciam e encorajavam as mulheres nessa arte mágica, como comprovam as lendas de mulheres sobrenaturais Circe e Calipso, os mitos da deusa Ártemis, Afrodite e principalmente Athena, exímia tecelã, que ensinou a tecelagem para Penélope e Helena e teceu as roupas de Pandora, após ela ter sido criada pelos deuses.
A lã era o principal material usado na Grécia e no Norte europeu, enquanto no Egito as roupas eram feitas de linho e cânhamo, o linho tendo sido usado em Anatólia desde 7000 anos a.C. e destinado para roupas, toalhas e faixas para embalsamar múmias.
No Norte europeu a tecelagem era praticada desde a Idade de Bronze usando lã, cânhamo, linho ou outras fibras, resultando em tecidos de boa qualidade como comprovam os achados dos túmulos e sítios arqueológicos. Durante pelo menos 9000 anos as mulheres passaram os meses de invernos fiando e tecendo e seus tecidos serviam como moeda de troca no intercâmbio com outros países. Somente no século 12 o tear horizontal substituiu o fuso e a roda de fiar e confrarias masculinas foram aos poucos assumindo a tecelagem em grande escala. Porém, as mulheres continuaram a fiar e tecer nas suas casas, mantendo assim vivas as lendas e tradições da tecelagem como uma arte mágica feminina.
Um antigo método de tecer, usando pequenas tábuas furadas no meio e giradas com as mãos, era usado pelas videntes da Irlanda para prever o resultado das batalhas e os cataclismos naturais. O fuso era usado também como arma feminina nas disputas domésticas para se defenderem da violência masculina, além de ser o principal meio para ganhar o seu sustento. Além de roupas e lençóis, as mulheres teciam também tapeçarias para as paredes, com cenas míticas ou de guerra e que adornavam palácios e templos. Essas cenas tecidas pelas mulheres de várias épocas históricas e diversos lugares, não apenas divulgavam os mitos quando expostas em datas festivas, mas influenciaram a sua interpretação histórica posterior.
Na Escandinávia, Alemanha e os países bálticos permaneceram várias superstições e proibições ligadas ao ato de fiar, bem com certos dias dedicados às deusas, quando era proibido fiar, tecer ou costurar, talvez para proporcionar um merecido descanso após a labuta diária. As lendas das deusas Holda, Perchta, Holle, Latvia, Habetrot - que puniam as preguiçosas com seus fusos - na verdade serviam como incentivo para que o trabalho fosse bem feito e prometiam recompensas para aquelas que se esmeravam na sua arte. A deusa padroeira das fiandeiras existiu em várias tradições como a egípcia (Ísis), alemã (Holle, Perchta), basca (Mari), lituana (Laima), italiana (Befana), eslava (Baba Yaga, Mokosh), japonesa (Amaterassu), grega (Ártemis, Athena), nórdica (Frigga), báltica (Saule, Sunna, Rana Neida), além da Rainha das Fadas de França, Espanha, Irlanda, Inglaterra.
As figuras sobrenaturais - que persistiram nas tradições femininas até o século 20 - guardam certas características das antigas deusas da fertilidade, cujas bênçãos eram procuradas por moças e mulheres adultas e cuja ira se direcionava contra aqueles que as exploravam ou maltratavam. As histórias contadas nas longas e escuras noites de inverno preservaram o legado ancestral, que permanece nos contos de fadas e nas imagens das fadas benévolas ou vingativas. Em diversas bracteate de ouro do século 6 encontradas na Alemanha e usadas como amuletos, aparecem figuras femininas segurando objetos ligados ao fiar e tecer, reminiscências das deusas pré-cristãs.
No tempo dos Vikings o predomínio das permanentes batalhas nas lendas associou as atividades de fiar e tecer com os presságios dos desfechos dos combates e dos sinais do destino. Em um poema norueguês do século 11 descreve-se uma cena dramática em que doze Valquírias tecem entranhas humanas sobre um tear feito de espadas e caveiras e cuja canção pressagia o fim funesto de uma batalha e a morte de muitos guerreiros. O poema talvez mesclasse as figuras das Nornes com as Valquírias, que também aparecem em outros mitos com a missão de prever ou determinar o resultado das batalhas e a escolha daqueles que iriam morrer. Ecos das deusas tecelãs existem no cristianismo, como são vistas nas cenas da Anunciação de vários afrescos, onde Maria aparece segurando um fuso e o fio passa iluminado acima da cabeça de Jesus, enfatizando a ligação entre o ato de fiar como símbolo do destino, da vida e do nascimento da criança divina.
O papel importante desempenhado pela tecelagem na vida das mulheres ao longo dos milênios e o processo pelo qual o fio é criado pelo giro do fuso e da roda, seguido do ato de tecer vários padrões em diversas cores, o tornaram um símbolo mítico efetivo na criação da ordem cósmica e na determinação dos destinos humanos. Tecer é um ato criativo e expansivo, fios, cordas, redes e tecidos foram usados como símbolos da criação do mundo e da vida humana. As mulheres antigas o associavam com o nascimento da criança para um futuro desconhecido, um elo evidente entre tecer e parir, o cordão umbilical sendo o elo que ligava a mãe ao filho e que devia ser cortado para que uma nova vida começasse, cujo fio também iria ser cortado pela tesoura das Senhoras do Destino no momento da morte. As esperanças e os medos atávicos das mulheres perante os mistérios da gravidez e do parto as fizeram apelar, honrar e reverenciar a Deusa como a Grande Tecelã da vida e da morte.
A herança folclórica da tecelagem foi ignorada e mal compreendida por muito tempo pelos historiadores homens, apesar de ser a mais valiosa arte feminina até o começo da revolução industrial no século 18, que levou a seu esquecimento no mundo moderno. Nos contos de fada o fuso é mais do que uma ferramenta, ele é o elo mágico entre o mundo sobrenatural e o humano; em várias lendas as moças pediam a ajuda das fadas madrinhas untando o fuso com seu sangue menstrual e depois “pulavam em um poço ou entravam em uma gruta”. Estes misteriosos atos são lembranças dos antigos rituais xamânicos em que se ofertava algo a Deusa e depois se buscava a conexão com um transe, que dava a sensação de cair no vazio ou penetrar no mundo das sombras.
As tecelãs atraiam criaturas sobrenaturais (fadas, elfos, goblins, anões) que as ajudavam obter prosperidade, por isso aquelas que sabiam tecer eram mais cobiçadas como parceiras pelos homens do que as bonitas, pois a sua arte iria garantir a sobrevivência nas épocas difíceis. Por ser o fuso um símbolo feminino e atribuído a várias deusas, criou-se a associação entre fiar, seres sobrenaturais e magia. Os teutões atribuíram às mulheres atributos mágicos devido ao uso dos feitiços e encantamentos tecidos com habilidade nas noites de lua cheia ou nova, enquanto os saxões chamavam suas mulheres de “tecelãs da paz”.
Fontes muito antigas descreviam a deusa anciã como Tecelã e Senhora do Destino, enquanto as Senhoras Brancas se deslocavam nas noites de lua cheia carregando fusos, predizendo a sorte ou dando mensagens às mulheres reunidas nos círculos de menires ou próximo aos locais de poder da terra. As camponesas européias deixavam meadas de lã ou linho nestes lugares junto com oferendas de pão e manteiga; na manhã seguinte o pão tinha desaparecido e os fios tinham sido tecidos. As mulheres da tribo nativa dos sami da Lapônia untavam suas rodas de fiar com sangue menstrual, pedindo as bênçãos da deusa Rana Neida para a produtividade do seu trabalho.
Vários monumentos megalíticos de Bretanha, Inglaterra, Portugal, Bretanha, Espanha, Irlanda, Malta são consideradas obras das Fadas Gigantes, que carregavam as pedras nas suas cabeças enquanto fiavam e cantavam. Muitos destes lugares têm nomes associados às fadas tecelãs ou ao fuso e roda de fiar. Na Irlanda conta-se que várias colinas e ilhas foram cridas pela anciã Cailleach, que levava pedras no seu avental e as espalhava a seu gosto pela terra. Essa ligação entre seres sobrenaturais, menires e locais de poder telúrico levou à sua “demonização” pela igreja cristã, que as denominou de “pedras do diabo”, onde as bruxas teciam suas maldições e feitiços malígnos.
A aranha é vista como uma intermediária entre o céu e a terra, no seu trabalho infinito de fiar, capturar, desfazer e renovar sua teia, por isso ela simboliza a alternância das forças que sustentam a estabilidade cósmica. Jung a considerou símbolo do Self, a parte da personalidade que inclui e integra o subconsciente e o consciente, o claro e o escuro, a luz e a sombra. Em vários mitos a deusa criadora aparece como aranha: A Mulher Aranha dos índios hopis e navajos, as deusas lunares da Indonésia, as guardiãs do tempo e do destino da Índia e a deusa da morte dos Mares do Sul.
Os círculos sagrados femininos – como a Teia de Thea – têm como objetivo principal a formação e sustentação de uma teia feminina de conexão e de reverência à sacralidade feminina, cujos fios estão sendo tecidos, fortalecidos e renovados permanentemente por todas aquelas mulheres que se dispõem celebrar, honrar e servir à Deusa sob Suas inúmeras faces e manifestações. Esse serviço deve ser feito sem qualquer apego aos resultados e frutos dos seus esforços, assim como também as antigas tecelãs cumpriam apenas a sua tarefa ancestral visando o bem estar das suas comunidades.
Para servir precisa abrir o coração com a vontade de contribuir com a beleza, a plenitude e a alegria do trabalho bem feito, em benefício de outras irmãs e da Terra, oferecendo à Deusa a sua gratidão e o seu amor, sem esperar em troca reconhecimento, recompensas ou sucesso, com a certeza de ter cumprido a sua missão espiritual e evolutiva nesta encarnação.
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